sábado, 20 de maio de 2017

DO ARCO DO PLEISTOCENO



Desde ontem não para de chover nesta cidade de Pelotas, úmida por definição. Chuva fina, dengosa, ornada de pássaros cantantes... Enfim, daquelas que brotam do bocejo de Morfeu.

Um paradoxo, em meio a tanta nebulosidade e umidade relativa saindo pelo ladrão da coluna de ar que pressiona meu corpo, eu aqui mais seco que charque em embornal de cangaceiro.  Meus olhos parecem seixos, minha cara é uma preá moqueada, boca tomada de farinha... Aiaiaia, esta tese que teima em me desidratar até a alma, me afogando em caatinguices...  


PRS
Pelotas, 26.2.14

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