sábado, 18 de janeiro de 2014

PERDAS


Chorou a morte do tio.
Não o vi, não o conheci...
Nunca o seu cheiro, seu sorriso, sua voz que supunha mansa.
Difícil estar
No lugar de alguém que fechou para si a vida de alguém
Que tanto quis conhecer.


Chorou a morte do tio, deduzo. Impossível ter sido diferente.
Nunca mais este encontro
Nunca prometido
Mas que desde o primeiro instante do [meu] saber da sua existência
Quis que acontecesse.
Agora o nunca.
O nunca mais.



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